Arte de se manter sereno
Poucas habilidades são tão importantes e ao mesmo tempo tão esquecidas quanto a capacidade de manter a calma. Quase sempre, nossas piores decisões são tomadas em momentos em que perdemos a calma e nos deixamos dominar pela ansiedade e a agitação.
Felizmente, nosso poder de permanecer calmos pode ser desenvolvido e aperfeiçoado, nossas reações diante dos desafios do dia a dia podem ser radicalmente transformadas. E para nos educarmos na arte de manter a calma, não precisamos nem de chás especiais – mas apenas do pensamento.
Quer saber como? Continue lendo o nosso blog post!
Lidando com a ansiedade
A calma tem um encanto profundo e natural. Quase todo mundo quer ser mais paciente, sereno, relaxado e capaz de reagir com discreto bom humor aos contratempos da vida e ao que nos causa irritação.
Mas costumamos ter apenas uma vaga ideia do que fazer para ter mais calma perante as adversidades. Enquanto isso, a ansiedade está dia e noite à nossa espreita, nos rondando quase o tempo todo. Inclusive, ela pode estar conosco agora mesmo.
Mas, não podemos esquecer que a ansiedade natural também é nossa querida amiga, pois ela age também de forma positiva nos atentanto para algo que talvez esteja errado na nossa vida. Segundo essa visão, a questão não é tentar negar ou neutralizar a ansiedade, mas aprender a interpretá-la, decifrando algumas informações valiosas que nossos momentos de pânico estão tentando nos transmitir de uma maneira reconhecidamente infeliz.
Lidando com as emoções
Toda situação em que perdemos a calma pode ser analisada e nos revelar algo que deveríamos saber sobre nós mesmos. Cada preocupação, frustração, episódio de impaciência ou ataque de irritação tem algo de importante a nos dizer – desde que estejamos dispostos a ouvir.
É possível também encontrar um tipo de tranquilidade em um lugar muito inesperado: o pessimismo. O otimismo ensolarado tem seus limites, porque, quando as coisas dão errado (e darão), estamos tristemente despreparados, como uma criancinha cujo sorvete acabou de cair no chão.
Aprendendo a ser sereno com Sêneca
Precisamos mudar nossa forma de olhar para o mundo. Para isso, precisamos voltar a um grupo de filósofos romanos chamados “estoicos”, especialmente para um chamado Lucius Annaeus Seneca – ou Sêneca, como é mais conhecido.
Sêneca não dizia que deveríamos desistir de aproveitar o momento ou mudar o mundo – muito pelo contrário. Ele amava a vida e teve muito sucesso. O que ele disse foi que deveríamos entender que sucesso e fracasso são resultados bastante aleatórios, que temos muito menos controle sobre um deles do que achamos, e que, em vez de presumir que tudo correrá bem, deveríamos nos preparar psicologicamente para as coisas darem errado.
Para tal, Sêneca propôs que devêssemos começar cada dia com o que chamava de premeditatio, ou premeditação, na qual pensamos em tudo o que poderá dar errado. A ideia não era cair em desespero sobre o dia, mas entender que, mesmo se todos os eventos terríveis que imaginamos acontecessem – ser demitidos, humilhados, ter uma discussão horrível –, ainda sobreviveríamos. Pode ser doloroso, mas ainda estaríamos aqui e encontraríamos um jeito de seguir em frente, com muito menos ansiedade.
👉E aí, concorda com essa fisolofia de vida do Sêneca? Então compartilha essa reflexão com os seus amigos.